A partir desta segunda-feira (24), terá início o Desenrola Rural. O programa de renegociação de dívidas, voltado para agricultores familiares, assentados da reforma agrária, quilombolas e outros povos tradicionais, irá contemplar cerca de 1,35 milhão de pessoas com débitos bancários e na Receita Federal, que poderão buscar condições especiais para quitar suas pendências.
Seguindo o modelo do Desenrola Pequenos Negócios, que já beneficiou milhares de microempreendedores individuais (MEIs) e pequenas empresas, o objetivo, agora, do programa é apoiar pequenos produtores que enfrentam dificuldades financeiras, permitindo que retomem seus investimentos e garantam a continuidade da produção no campo.
Podem aderir ao Desenrola Rural aqueles que possuem:
- Dívidas inscritas na Dívida Ativa da União, que podem ser consultadas na página Regularize, da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN);
- Débitos bancários e do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), contratados entre 1º de janeiro de 2012 e 31 de dezembro de 2022;
- Créditos de instalação para beneficiários da reforma agrária, que devem ser renegociados diretamente com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
Os descontos e as condições de pagamento variam conforme o tipo de dívida, e a adesão pode ser feita até 31 de dezembro de 2024.
Impacto no setor
Segundo um levantamento do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), 70% das famílias endividadas estão com restrições bancárias e 30% possuem pendências em serviços de proteção ao crédito. Além disso, 69% das dívidas são inferiores a R$ 10 mil, e 47% têm valores abaixo de R$ 1 mil.
O presidente do Sebrae, Décio Lima, destacou a importância do programa para fortalecer a economia rural.
“O Desenrola Pequenos Negócios foi um sucesso e acredito que medidas como essa nos ajudam a superar desafios e garantir investimentos na produção”, afirmou Lima.
O governo espera que o Desenrola Rural impulsione a agricultura familiar e contribua para o crescimento econômico no campo. Para mais informações e adesão, basta acessar os canais oficiais da Receita Federal, PGFN, instituições financeiras ou o Incra.
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